quinta-feira, 26 de julho de 2007

E viva a blogosfera sem censura!!

A matéria foi barrada...Ainda bem que existe a blogosfera onde a censura (ainda) não tem super-poderes...
:-/

Dona de casa denuncia loja por tratamento desigual

Natacha Maranhão
Repórter

A dona de casa Rosilene da Silva passou por maus momentos na última sexta-feira, dentro de uma loja de confecções do centro de Teresina. Junto com o marido, o lavador de carros Leandro da Silva, ela foi comprar roupas na loja e na hora de pagar, com cartão de crédito, foi constrangida e humilhada. Um funcionário da casa chegou a chamar até a polícia, achando se tratar de marginais.
Ela atribui o tratamento desigual ao fato de ser negra e pobre. “Eles não acreditaram que uma pessoa como eu pudesse ter cartão de crédito, acharam que eu tinha roubado de alguém, perguntaram umas três vezes se era meu mesmo, aí ligaram para a administradora do cartão, que confirmou as minhas informações e mesmo assim ainda duvidaram”, contou a moça.
Rosilene disse que o marido já tinha escolhido as peças de roupa que queria comprar e levado seu cartão, junto com a carteira de identidade, até o caixa, para efetuar a compra. Enquanto isso, ela foi até a calçada para fumar um cigarro. “O carro da polícia chegou e eu nunca podia imaginar que eles tinham ido lá por nossa causa. Aí um policial me chamou, me levou lá para dentro e eu fiquei no balcão, ao lado do caixa, com eles me interrogando. Todo mundo que estava na loja parou para ver o que estava acontecendo, eu comecei logo a chorar, fiquei muito nervosa. Eles ligaram de novo para a administradora do cartão, confirmaram meus dados e depois pediram para eu dar o telefone de alguém da minha família. Dei o número do trabalho da minha mãe, que é zeladora de um colégio, o funcionário da loja ligou e o policial mandou ele fazer perguntas para ela. Perguntaram como eu era, que tamanho era meu cabelo, que cor eram meus olhos, ela respondeu tudo, eles viram que não tinha nada errado e mesmo assim não me pediram nem desculpas. Eu nunca tinha passado por uma situação dessas”, revelou a dona de casa, chorando.
Leandro da Silva disse que uma das funcionárias da loja chegou a chorar ao ver a humilhação pela qual ele e a mulher passaram. “Nós temos um filho, toda vida trabalhamos, minha mulher estuda, ajuda a mãe dela. Sempre compramos em várias lojas e nunca tinha acontecido uma coisa dessas”, lamentou.
Rosilene saiu da loja nervosa e foi com o marido no 1º Distrito Policial registrar queixa, de lá foi encaminhada à Delegacia Especializada de Direitos Humanos e como a delegada titular não estava presente, os policiais do plantão pediram ao casal que voltasse ontem (terça-feira). A delegada Ana Kátia ouviu toda a história e informou que vai apurar o caso, que não se configura como discriminação nem injúria, e sim como constrangimento ilegal.O gerente da loja, Haroldo Sá, afirmou que tudo não passa de um mal entendido e que a polícia não esteve no local para interrogar ninguém. “Essa moça deve ser meio maluca. O que aconteceu é que o cartão dela não foi liberado e ela pediu para usar nosso telefone para consultar seu saldo, nós emprestamos, e quando o pessoal da administradora pediu o endereço dela, ela não sabia dizer. Foi aí que uma funcionária nossa estranhou, porque ela não sabia dizer onde morava. Mas não teve nada de polícia, não. Acabei de receber uma cartinha da delegacia e vou lá para esclarecer isso”, disse o gerente.

2 comentários:

Anônimo disse...

amo a liberdade ... qual??

Anônimo disse...

outro dia uma transsexual foi constrangida em uma loja, agora foi uma negra... aonde vamos parar, minha gente???